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domingo, 8 de julho de 2012

PURGATÓRIO E O SANGUE DE CRISTO

Pr. Airton Evangelista da Costa (vermelho)
Resposta de: Oswaldo - caçador de mentiras (preto)

1. Nenhuma doutrina ou tradição pode subsistir sem o respaldo da inerrante Palavra de Deus. 

Resposta: - É antibíblico e pura heresia entender que somente a Bíblia é inerrante. Deixo por conta de cada leitor para que julgue se tal é verdade ante o que diz a própria Bíblia:

1. Igreja Inerrante:  "... a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade" (I Tm 3,15);

2. Cristo infalível fala pela boca de seus enviados:  "Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou"  (Lc 10,16);

3. Deus sempre confirma os ensinos de sua Igreja: "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu" (Mt 18,18);

4. O inferno não pode prevalecer contra a Igreja: "... as portas do inferno não prevalecerão contra ela. " (Mt 16,18)

2. O discurso do Purgatório parece haver perdido nos últimos tempos seu colorido, sua preferência no púlpito romano. 

KADISH TOLESA - VOTIVA
R. - Trata-se de um ensino perene da Igreja até mais antigo que ela própria. Os judeus são prova disso quando celebram o KADISH (procurar "kadish" em 


Os sacrifícios e súplicas pelos mortos é uma constante nos meios verdadeiramente cristãos que se utilizam dos bens iníquos - assim denominados pelo Salvador porque não nos pertencem e sim a Deus - para abater nas dívidas daqueles que  devem ao nosso Senhor: "Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos." (Lc 16,9) 

3. - Todavia, esse esdrúxulo ensino está vigente, como veremos a seguir na palavra oficial do Vaticano: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura (1 Co 3.15), a tradição da Igreja fala de um fogo purificador. No que concerne a certas faltas leves, deve se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12.32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro. Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: “Eis por que ele [Judas Macabeu] mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado” (2 Macabeus 12.46). Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos: Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai (Jó 1.5), por que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles” (Catecismo da Igreja Católica, pg. 290)”.

R. - Tão esdrúxulo quanto os demais ensinamentos do Divino Mestre que motivaram a debandada geral de  seus discípulos: "Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir?" (Jo 6,60). Os que creem verdadeiramente em Cristo dirão ao contrário: "Então Jesus perguntou aos Doze: "Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna." (Jo 6, 67-68)


4. - O presente estudo objetiva dirimir dúvidas, principalmente dos recém-convertidos ao Senhor Jesus, os quais, provindos da Igreja de Roma, ficam a meditar na conveniência ou não de orar ou oferecer qualquer tipo de sacrifício em favor de seus familiares falecidos. Sem o propósito de fazer proselitismo, serve também à reflexão dos romanos, sobretudo dos que, por falta de recursos financeiros ou por esquecimento, não providenciaram a celebração de praxe, com vistas a socorrer as almas sofredoras.

R. - Pois não devia se preocupar com  isso, pois em sua afirmação anterior (2) você mesmo afirmou que tal ensino está caindo no esquecimento!

5. - ... Analisemos: Ø 1 Coríntios 3.15: ”Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo”. Nem no texto, nem no contexto, tal passagem sugere a existência do purgatório. Se a obra de algum obreiro não passar pela justa avaliação de Deus, tal obra será considerada queimada, insuficiente, indigna. Em razão disso, o obreiro negligente, sofrerá perdas (vergonha, perda de galardão, perda de glória e de honra diante de Deus) por ocasião do tribunal de Cristo (Rm 14.10; 1 Jo 4.17; Hb 10.30b). Vejam: “A obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta” (1 Co 3.13). A expressão “todavia como pelo fogo” pode ser entendida como escapando por um triz, escapando com perdas e danos, tal como se escapa de uma casa pegando fogo. Note-se: “como pelo fogo”, ou seja: de forma semelhante a quem escapa do fogo. O ministério vai abaixo porque não suportou o fogo da Palavra; a obra se perde, não prospera, “mas o tal será salvo”. Nada que indique que iremos para o fogo.

R. -  "... pode  ser entendida...". Só porque há a possibilidade de se entender diversamente do  que ensina a legítima Esposa do  Cordeiro, ninguém está autorizado em contradizê-la. A Igreja não pode errar - ver (1).

6. - Ø Mateus 12.32: “E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (ARC). Na tradução Revista Atualizada (RA) diz “... nem neste mundo nem no porvir”. Na Bíblia Linguagem de Hoje: “... nem agora nem no futuro”. A Igreja de Roma vê aqui a possibilidade de pecados serem perdoados após a morte, e se vale de 2 Macabeus 12.46, que sugere expiação pelos mortos. O versículo nos diz que rejeitar de forma contínua e deliberada a salvação que Cristo nos oferece pelo testemunho do Espírito Santo resulta numa situação irreparável. O versículo enfatiza que blasfêmia contra o Espírito Santo nunca será perdoada, em nenhuma época. Marcos 3.28 esclarece melhor: “Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda sorte de blasfêmias, com que blasfemarem. Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo”. Nada indica sobre a possibilidade de, no Purgatório, as almas serem perdoadas. Ademais, o texto fala que TODOS OS PECADOS serão perdoados (qualquer tipo de pecado), não havendo chance de os arrependidos levarem consigo “faltas leves” para serem queimadas.

R. - No caso de divergências o  pastor, em vez de perder tempo, deveria ter apelado para o original grego, ou, quando muito, para a vulgata latina.

Vamos ao grego:

και ος εαν ειπη λογον κατα του υιου του ανθρωπου αφεθησεται αυτω ος δ αν ειπη κατα του πνευματος του αγιου ουκ αφεθησεται αυτω ουτε εν τουτω τω αιωνι ουτε εν τω μελλοντι.

Repare a  perversidade protestante quanto à palavra de Deus: o vocábulo αιωνι, significa "século" e, na tradução interlinear puseram "age" (idade) absolutamente sem sentido; o termo μελλοντι é traduzido por "vindouro" traduziram por "comming [one]" (vinda[um]?!!!!)

A expressão "Século vindouro" (ou futuro) indica a outra vida, assim como está escrito: "... os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido". (Lc 20,35). 

Logo está certa a Igreja quando ensina que poderá haver uma purificação na outra vida.


7. - Ø 2 Macabeu 12.46: “É logo um santo e saudável pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados” (Bíblia, edição católico-romana, tradução do padre Antônio Pereira de Figueiredo, 1964). Macabeus e mais seis livros e quatro acréscimos apócrifos (não genuíno, espúrio) foram aprovados em 18 de abril de 1546 pela Igreja Romana... depois de acirrados debates, “para combater o movimento da reforma Protestante”, pois esses livros sem valor doutrinário davam sustentação à idéia do Purgatório, da oração pelos mortos e da salvação mediante obras...

R. - Mentirona das "brabas"!  Os dois livros MACABEUS constam dos mais antigos códices  e por volta de 367 d.C. já existiam, desde os tempos remotíssimos, documentos episcopais, sinodais, e também papais, que recusavam os apócrifos e davam a lista completa dos escritos canônicos. Assim por exemplo, 

1 - a Carta Pascal de Santo Atanásio (367) relaciona todos os 27 livros do Novo Testamento, aí incluída a Epístola aos Hebreus, a segunda e a terceira de São João e a de São Judas Tadeu, sobre as quais havia antes algumas dúvidas. 

2 - Em Santo Atanásio temos um testemunho autorizado do Oriente; no Ocidente temos a lista completa dos 45 livros do Antigo Testamento, e dos 27 do Novo no decreto do Papa São Damaso (382), lista que se repete nos Concílios de Hipona (393) e de Cartago (397) e na carta do Papa Inocêncio I a Exupério, bispo de Toulouse (405), e, bem mais tarde, no sínodo "in Trullo" de 692.

3 - Finalmente confirmado no C. de Trento de 1545 a 1563. 

8. - Ø O dogma do Purgatório não explica com nitidez qual o objetivo das rezas em favor das almas em estado de purificação. Ora, se Deus houvesse estabelecido um período para purificação dos que cometeram “faltas leves” (o que podemos entender por “faltas leves? Quais?).

R. - O pastor não sabe o que  são faltas leves, porém o Evangelho ser-lhe-á útil. Vejamos um exemplo:  "O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir" (São Lucas 12, 47-48). 

9. - Se a intenção é abreviar a permanência da alma no estágio ou amenizar seu sofrimento, a atitude, embora com as melhores intenções, estaria contrariando os planos divinos e dificultando, quem sabe, a rápida recuperação das almas ali confinadas. ...

R. - Acreditar na impossibilidade de outrem reparar os pecados de terceiros, corresponde a afirmar que Cristo morreu em vão por nós. Foi exatamente por isso que ele se fez um de nós. Para que  o pastor saiba que existe a comunhão dos santos, repare que o próprio São Paulo diz contribuir com  seus sofrimentos em favor do Corpo de Cristo, que é a Igreja: "... O que FALTA às tribulações de Cristo, COMPLETO na minha carne, por seu corpo que é a Igreja" (Cl 1,24)


10. - Ø De outra parte, a intercessão dos vivos em favor das almas no Purgatório não objetiva abrir-lhes as portas do céu, porque, como o próprio dogma define, a salvação delas está garantida. 

R. -
.Xiiii!!!! O que já era ruim piorou! Os que eram devedores do Senhor foram lançados ao Cárcere donde não poderão sair até que paguem o último centavo. E, não obstante isso, não nos impede que os ajudemos tal como disse Cristo: 
 "Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos." (Lc 16,9) 

Quem leu a parábola encerrada por este conselho de Cristo, notará que esses nossos amigos são todos devedores de nosso "patrão". Portanto, devemos  fazer uso dos bens que não nos pertencem, pois somos reles administradores, para abreviarmos sua estadia no  cárcere. E o nosso patrão não se incomoda com isso? Claro que não! É ele próprio quem nos está aconselhando. 

Sabemos que sem a santidade ninguém pode ver o Senhor (Hb 12,14). À visão beatífica nada entra de impuro, sequer quem porta apenas a mancha do pecado original (pecado de Adão) e tanto isso verdade que sequer as criancinhas antes da Redenção de Cristo puderam subir aos céus  (Jo 3,13). Em  apocalipse 21,27 confirma este requisito de santidade quando diz; "Nunca mais entrará nela o que é impuro, nem alguém que pratique a abominação e a mentira. Entrarão nela somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro".


11. - Por que esses [os que estiverem vivos] serão arrebatados sem a obrigação de passar pelo fogo, enquanto os mortos em todos os séculos passariam, necessariamente, pelo estágio da purificação, segundo a crença romanista? Dois pesos e duas medidas no plano de Deus? 


R. - Só queria saber onde foi que  o pastor buscou que a passagem pelo purgatório é também necessária para quem não tem nenhum pecado. Ignora também que podemos igualmente  reparar nossos pecados mediante orações, penitências e indulgências. Ele supõe que todos os que vão ser levados para o céu poderão ali entrar sem a santidade  (Hb 12,14). Isto é o que não acontecerá. Deus cuidará para que cada bem-aventurado esteja preparado para a vinda de seu Senhor. As tribulações anunciadas servirão para esta purificação.


12. - O sangue de Jesus nos purifica de TODO pecado, de qualquer pecado. TODOS os pecados ser-nos-ão perdoados.


R. -  Para "crente" entrar no  céu é a coisa mais fácil do mundo. Basta crer somente que o sangue de  Cristo o tornará puro. Aliás todos se acreditam santos, não obstante seus pecados impuros, suas  línguas de trapo, seus juízos temerários, suas mentiras, suas trapaças, etc. 

É bom que ninguém se iluda com estas "facilidades" propagadas pelos falsos pastores que jamais  foram enviados. Eles executam as ordens de Satanás  levando multidões à perdição eterna. Para se chegar à Salvação a porta é estreita e o caminho bem apertado: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram" (Mt 7,13). Eis o que diz o primeiro dos apóstolos, Pedro: "E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador?" (I Pe 4,18)



Paro por aqui, porque o resto não passa de bla-bla-blá.

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